VIDA
A saudade não é de minha propriedade
Ela me tem como sendo refém
Faz-me residir em seus jardins
Sou cativo em seus braços
Não sou dono da solidão
Mas escravo de seus caprichos
Prisioneiro em seus grilhões
E em noites de profunda escuridão
Seu fiel companheiro
O amor que me castiga, não é de minha criação
Mais chorei o choro do adeus, frio sem compaixão
No meu peito ainda trago despedida sem fim, gosto amargo, por fim
Ainda resta a vida, a quem pertenço, por brevidade
Escrevo como despedida
Para o dia que de mim serás tirada
De tão intensa, és indomada, linda e de efêmera jornada…
Rio, 12/07/2022, às 7:48.