Medo da noite

O tédio toma conta,

Dessa minha noite longínqua.

E por mais que eu tente,

A noite passa cansativa.

Abro e fecho meus olhos,

Várias vezes e em vão.

E nesse silêncio infinito,

Só o que ouço é meu coração.

Tardio e sombrio

O escuro me dá medo

E faz tanto frio.

Tento não pensar,

Limpar a minha mente.

Mas os pensamentos insistem,

Em misturar passado e presente.

Então eu me perco no silêncio,

E deixo a imaginação voar.

Mesmo que não encontre resposta,

O desespero vem me visitar.

Medo e silêncio,

Saudade é insensatez

Meu corpo treme.

O que será que acontece,

Quando o meu dia escurece.

E o sono se afasta de mim,

E meus lábios emudecem.

Deixo cairem as lágrimas

Perco a minha direção.

Fecho meus olhos novamente,

E ouço uma canção.

Tristeza e palidez,

Silêncio absoluto.

E o coração disparado.

Vou passar outra noite,

Sozinha nesse imenso silêncio.

Parece uma guerra constante,

Entre tudo que falo e o que penso.

Essa é uma luta permanente,

Entre o que sinto e o que calo.

E nessa guerra de falar ou calar,

Meus desejos estão estagnados.