O brilho do encatamento dos vossos olhos.

Se pudesse caminhar pelas as ruas daquela cidade, se escutasse no infinito um grande trovão, saberia entender o cor do universo.

O movimento dialético das nuvens, o sentido metafísico do vosso olhar, o apofântico mundo das proposições.

A hilética propositiva do seu caminho.

Iria poder decifrar a luz de hidrogênio, o brilho do sorriso da menina preferida, entenderia a razão do entardecer, o motivo pelo qual a madrugada contém o despertar da sonolência.

Se voltasse andar pelas calçadas da cidade escolhida, enxergaria o vosso cabelo bonito, a cor da sua pele, o silêncio desencadeado pela sua cognição.

Então, chegaria bem perto de ti, sopraria em seus ouvidos, revelaria o meu Éskhatos, cantaria para a sua pessoa, a mais linda canção.

Transubstanciaria o meu ser em seu ser, ofertaria a você o encantamento da minha ternura, revelaria o meu grande segredo, pediria para você ser o fundamento da minha existência.

Tudo porque ti amo.

Com efeito, daria a vossa pessoa, o saboroso beijo apolínio, com sapiência assertórica, conquistaria o seu coração.

Ainda diria no silêncio da vossa episteme, a etimologização, a sua pessoa compreenderia a minha hermenêutica.

O meu desejo indelével de ser o vosso substrato, esperaria a noite chegar olhando para o céu, vendo as estrelas bailando, construiria o paraíso para a sua celestialidade.

Esperava a vossa pessoa passar pelas as ruas daquela cidade, para poder sonhar o esplendor do seu encantamento, você iria refletir os sinais dos meus lábios, a doçura inefável do meu grande sonho.

Simplesmente o meu templo sagrado, a sua intimidade minha oração contínua, a essência da minha contemplação.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 02/07/2022
Reeditado em 07/12/2022
Código do texto: T7550628
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