Não se entregou às sombras

Aos barulhos não se inclinou

Não se entregou às sombras que vinham

Aos declínios não se permitiu

Sabia de onde vinha a sua vida

As brasas que antes lhe espalhavam

Com forças para tudo queimar

Antes de chegar todas se apagaram

Não puderam se quer se encostar

Viraram cinzas e sem vida

Deixaram de exercer a sua função

Não puderam ter vida própria

Não são vida e nunca serão.