Menina presa no corpo masculino
Olá, olá, seja bem-vinda ao inferno
Você parece triste
Aqui não há isso
Sorria, e acredite em si mesma
Durma bem, você sempre será um ser humano
Meus olhos chovem mesmo em dias de sol
Sem uma grande representação
Longe de um filme de liberdade
Igualdade é só uma palavra bonita para eles
Séculos e séculos escondidos pela desonra
Sentimentos que batem forte no cemitério da minha mente
Do outro lado do coração
Deste lado do coração parece tão sem cor
Olá, olá, seja bem-vinda ao inferno
Você parece censurável
Aqui não há isso
Sorria, e acredite em si mesma
Durma bem, você sempre será uma flor
Derramo minha vida em um copo
Bebo e não me cai bem
Com um corte na garganta
Parece aliviar um pouco mais
Acorrentada e apedrejada
Palavras ferem mais que determinados concretos
Aqueles que deveriam nos amar
Nos colocam uma corda no pescoço
Uma corda no pescoço
Pescoço ferido, alma quase fora da matéria
Não os odeio, apenas me odeio
Só me resta pular?
Olá, olá, seja bem-vinda ao inferno
Você parece tão cansada
Aqui não há isso
Sorria, e acredite em si mesma
Durma bem, você tornou-se uma Mulher
Com folhas de um livro que nunca leem
Apenas poeiras dos velhos tempos
Me levam ao precipício
Com uma corda no meu pescoço ferido
Em no do “pai”, do “filho” e do “espirito santo”
Me jogam para o outro lado
Olá, olá, seja bem-vinda ao inferno
É assim que eles chamam esse lugar
Demônios e torturados
Aqui não há preconceitos, nem apedrejamentos
Estenda a mão e confie em si mesma
Ela disse
Durma bem, você sempre será um ser humano
Não desista dos seus sonhos
Acorde, volte e abale aquele velho mundo
Ainda não é sua hora, isso é apenas um sonho