O meu relógio
O meu relógio parou
De funcionar
Mas, o tempo há de continuar
Será que isso, ninguém notou?
Cada segundo
Que é capaz
De tirar a paz
Do meu mundo
Cada minuto
Que passa
E não disfarça
Meu tempo diminuto
Cada hora
Que vai e vem
Como um trem
Sem demora
A bateria
Do meu relógio analógico
Tornou-se ilógico
Sem sua energia
Mas, o tempo continua
Com suas horas
Nuas e cruas
Que se perpetua
O relógio no meu pulso
Sem mim
Continua indicando o tempo sem fim
Com todo seu impulso
O que do mundo
Seria?
O que aconteceria?
Se não houvesse o relógio de fundo
Para os momentos tão nossos
Poder cronometrar
Sem nos economizar
Da velocidade do tempo tão vossos
Para também nos mostrar
Que essa vida
Está sendo vivida
De acordo, com seus ponteiros a girar
Para nos apresentar
O tempo
Que mal me dá tempo
Para respirar.
Autor: Wilhans Lima Mickosz