A prevalecência de um novo tempo.

Brilhou no infinito o amarelo, ficou vermelho o universo, modificou o azul do cosmo, o sol moveu por trás das nuvens, nasceu a nova aurora.

A esperança penetrou por dentro dos raios de hidrogênio, a linguagem atingiu a cognição, foi superada a razão logocêntrica.

Então o medo venceu a ternura, o sorriso ficou escondido entre os sinais dos dedos, deste modo, o tempo foi alterado.

Surgiu entre as montanhas a profecia, o olhar já não tinha a mesma extensão, o grito surrado de vozes distantes.

Com efeito, o nascimento da superação da era pós contemporânea, o relativo transformou-se em absoluto, a incerteza em incausalidade, as leis da nova Física.

O extermínio da velha Filosofia.

O início não teve início, a causa era sem causa, a matéria o fundamento da anti matéria, a metafísica uma ilusão.

Todavia, nasceu o grito silenciado dos desesperados, a mensagem deixou de ser terapêutica, o trilho não teve começo, meio e fim.

Foi quando o vermelho perdeu a causa, o azul apenas o reflexo perpetuado das árvores das florestas, as águas dos rios ficaram turvas.

Portanto, naquele instante, o que existia tão somente o caminho fugitivo, quanto a mim tive como tarefa a verificação do sol.

No outro dia dormi, o despertamento não foi possível, tinha como missão entender os pés que levaram a escuridão.

O hidrogênio tinha exaurido, então procurei entender as definições do silêncio.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 17/06/2022
Reeditado em 17/06/2022
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