NAGASHIMA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros RJ BR
NAGASHIMA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.
Quando as rosas de Hiroshima e Nagasaqui
Despetalam, a maldade poliniza
Outras rosas, com o tom vermelho e cáqui...
...E seu baque sobre a vida nem avisa.
Tudo é rápido e fatal, só o que sobra
É um cenário... abstrato... cuja tinta
Mancha a tela, transformando cada obra
Num retrato infeliz que a guerra pinta.
Basta apenas que algum dedo indicador
Se comprima sobre a tecla da desgraça,
Que outra bomba propulsora do terror
Leva a dor e o pavor por onde passa.
Ditadores, terroristas camicazes,
Extremistas sem amor e compaixão
Elaboram seus projetos eficazes
E capazes de matar seu próprio irmão.
E a rosa que manchou a própria história
Poliforma-se mais forte e ambiciosa,
Construindo em sua nova trajetória,
A flor química da dor mais poderosa.
Tudo em nome de um deus cuja armadura
É blindada, explosiva e tão real,
Que é capaz de destruir toda a ternura
Que ainda existe em quem não quer fazer o mal.
Enquanto isso, entre os destroços de um destino
Inventado pela ânsia de poder,
Nas ruínas feitas pelo desatino,
Um menino brinca...de... sobreviver.
Às 17h e 3min do dia 11 de junho de 2022 do Rio de Janeiro. Registrado e PublIcado no Recanto das Letras.