Tristis Spiritus
Quem dera uma vez, sendo a vez eterna
Não me fosse terno o ermo do partir
Candelabros, calafrios e calamidades
Notas de rodapé do livro dos esquecidos
Uma inóspita emocionalidade me consome todavia
A marca invisível no ar mundano rarefeito
O grito sufocado do existir vitimado
Submetido ao vitupério de naufragar em lágrimas parentais
O verso, averso ao terso
Um vernáculo do opróbrio
O silêncio ruidoso no vazio
A canção sem notas… Acordes mudos
Uma dança em um compasso em desalinho
De um mundo hostil ao seu próprio propósito
Rudimentar em aprender, sofisticado em destruir
Molduras, taças e luz morna sobre velhas palavras