PERDAS E ACEITAÇÃO
Consomes minha alma,
Marcada por dor e aflição,
Todas as possibilidades se esvaíram,
Como areia entre os dedos, sem direção.
O tempo levou-as, sem remorso,
Olho para as dores do passado,
Poderia eu mudar cada ato,
Cada decisão, cada palavra deixada?
Jamais!
Angústia, consomes minha essência,
Tão calejada e desamparada,
Tão maltratada e arrependida,
Tão dissipada e desconsolada.
Posso eu consertar o que foi perdido?
Não, não e não!
O tempo é contínuo e impiedoso,
Não há reparações, só a aceitação do ‘inconcluso’,
A vida que se perde no tempo,
Sem volta, sem remédio.