[É a minha esperança!] (Dueto)
Julgar é expressar um juízo de valor...
E com valores tão diversos...
Julgar e ser justo
Fica difícil...
Mas, num contexto tão plural
Como agir? Nos omitir?
Fazer carão?
Quando avaliamos,
Não estamos
julgando?
Quando observamos um contexto,
E o aprovamos ou reprovamos
Seguindo nossos critérios
Não estamos
Julgando?
Agora entendo...
Porque há pessoas que se isolam...
Para se “iluminar”, longe de tudo, não julgam...
Julgar e condenar... os outros!
Existirá tentação maior [no prazer que temos de [sempre] o fazer?
Somos dos outros... quase sempre
os seus “promotores
de acusação”
Quando não nos arvoramos de “juízes”
(mesmo tão “parciais”
e “implacáveis”)
“Advogados de defesa”?
Tão raramente...
No que nos faltam aquela empatia
de nos colocarmos no lugar ou situação d’outro...
(Ao que não o compreendemos, ou nem queremos compreendê-lo)
Disse o Cristo:
“Não julgueis e não sereis julgados
não condeneis e não sereis condenados
perdoai e sereis perdoados”
Contudo, quem disse que suas palavras entram em nossas cabeças
Com a justeza que deveriam ter?
Julgamos e condenamos os outros...
o tempo todo... Sim, é fato...
E “atiramos a primeira pedra” (pela nossa dura palavra]
... contra o primeiro que vimos à frente
E reparamos “no cisco que s’encontra em seu olho,
... embora nunca percebemos a trave que se acha nos nossos”
Quem nos deu o direito de julgar e mais ainda de “mandar para
... a forca” os nossos irmãos?
Julgar, e sempre na intensão de [ao outro] condenar
Um nocivo hábito que ninguém quer de si...
Abandonar...
E quase sempre julgamos antes da hora
E nunca vimos a real intenção
Ou mesmo se foi alguém
o real autor
do delito...
Mas somos indesculpáveis pelo que assim fazemos
Considerando que “no que julgamos [alguém] a nós mesmos
... condenamos, visto que também igual a ele fazemos”
(como bem disse o santo apóstolo)
Todavia, o noss’orgulho não vê isto, jamais
E por quê?
Simplesmente porque nos achamos
“melhores” que estes outros
Ou mesmo porque
Discordamos
Da ação
Do outro...
Pensamos com a nossa cabeça,
E não com a cabeça
Do outro...
E eis, o pulo do gato
A nosso favor...
Não julguemos, sem antes, avaliar a nossa
Imparcialidade...
Ou seja, se não conseguimos
Ser isentos...
Se nos identificamos...
É preciso, refletir...
E não condenar...
(mas desejar que a justiça seja feita...)
Então...
É melhor deixar, que os juízes
O façam...
Não é fácil...
Não é mesmo...
Principalmente quando
A violência nos deixou marcas...
Tive meu pai assassinado...
Marginais atiraram nele
Para roubar...
Não me peçam para ser imparcial...
Seria hipócrita dizer...
Eu perdoei...
Um pai que atira a filha de 2 meses
de cima de uma Lage...
Seria hipocrisia
Eu dizer...
Não julguei...
Uma mãe que abandona
Um recém-nascido
No lixo...
Seria hipocrisia
Eu dizer...
Não julguei...
Uma mãe que se cala
Diante de abusos
a sua filha
ou filho...
Seria hipocrisia
Eu dizer...
Não julguei...
Um filho ou filha
que mata seus pais
Para usufruir de uma herança...
Seria hipocrisia
Eu dizer...
Não julguei...
Se alguém sob efeito de uma droga
Ou por ser passional, ou mesmo um sociopata...
Comete atos hediondos...
Seria hipocrisia
Eu dizer...
Não julguei...
Putin ordenou a invasão da Ucrânia...
Seria hipocrisia eu dizer...
Não julguei...
As canetadas de Bolsonaro
Quanto ao meio ambiente
Ao acesso às armas
E, à Educação...
Seria hipocrisia
Eu dizer...
Não julguei...
Saber de gente sem ter o que comer
Enquanto o dinheiro público
Banca shows milionários
Seria hipocrisia
Eu dizer...
Não julguei...
Pois, mesmo sem ser juiz
Eu não sou conivente
Com essas e outras
Situações...
E se, por não ser hipócrita
E omissa, eu tiver que ir para o “inferno”...
Vou com todo prazer...
[Não esqueço o alerta...
“Não julgueis, para que não sejais julgados
Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados
E com a medida que usardes para medir a outros,
... igualmente medirão a vós”(Mt: 7:1)
[E sempre o contextualizei...
E, que a Justiça Divina
Se faça...
É a minha esperança!
Juli Lima e Cássio Palhares
***
Esperanza -Laura Pausini (ouça)
*** *** ***
Imagens-Google