PALAVRA DERRAMADA

Não digo que sou de todo livre

Não digo que sou quase um escravo

Os ventos zunem em zombaria da minha condição e status

O pensamento mais célere é vagaroso pra tão ignóbil raciocínio mentecapto

Algo de audaz em minha alma sucumbe

E me diz que estou errado

Assim como a luz se faz de espetáculo nas horas mágicas

Depois cessam

Embora nosso mundo desmorone a olhos vistos

Embora esse plano seja feito em minuciosos pensamentos passados

Aguardo a palavra que se segue

Não a palavra que liberta

Não a palavra que escraviza

Palavra que pulsa selvagem e impele uma harmonia

No lugar do encontro um choque de realidade

E ao invés de sofrimento

Saudade

Ao invés de tristeza

Alegria

E nada que pudesse remediar um perfume derramado ao chão

Mas que mantém o cheiro mesmo depois de tempos passados

E me atrevo a deixá-lo espalhado

05/06/2022

18:21hrs

Selton A Jhonn s
Enviado por Selton A Jhonn s em 05/06/2022
Reeditado em 05/06/2022
Código do texto: T7531504
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