Cruel aborto!

Abristes o teu ventre materno

E fizestes uma criança morrer!

Ignorando a fragilidade do ser

Tu só pensastes em ti mesmo!

Pois o sangue está espargindo

Por todo esse teu frágil útero!

E tu não se importa em matar!

Um ser vivo que está no corpo

Que tu dizes que é o seu corpo

E por isso argumenta em fúria!

Que possui todos os direitos...

Para realizar um cruel aborto!

Mas tu já perguntastes ao ser?

Que tu matastes se o ser vivo

Não tem também o direito de

Nascer antes de você matar!

TEXTO DO LIVRO:

FRÁGIL REVOLUÇÃO POÉTICA

2001.

TEXTO DO LIVRO:

INQUIETUDE, INTROSPECÇÃO E RESILIÊNCIA POÉTICA/2021.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 23/05/2022
Reeditado em 24/05/2022
Código do texto: T7521996
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