Feridas que ferem

Numa noite de tal solitude

Eu fico sozinho no divagar

O que há nesta frágil terra?

Há vida, morte e corrupção!

E o que há no corpo mortal?

Há matéria, sangue e fôlego!

Andando nessas ruas da cidade

Vejo tanta gente largada e suja

Perde-se nos caminhos da vida

Seguindo sem nenhum destino

E não tem esperança para viver

Um dia melhor para serem úteis

Pois o que há nos pensamentos?

Há sonhos, desilusões e paixões.

Porém o que há na sexualidade?

Há desejo, vontade e satisfação.

E o que há na grande metrópole?

Há uma massa populosa de gente

É preciso coragem para entender

Que se não há um entendimento...

Para se curar de feridas que ferem

Nunca haverá cura no ser humano

Seja essa problemática de natureza

Psicológica, social ou até espiritual.

TEXTO DO LIVRO:

FRÁGIL REVOLUÇÃO POÉTICA

2001.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 22/05/2022
Código do texto: T7521364
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.