Feridas que ferem
Numa noite de tal solitude
Eu fico sozinho no divagar
O que há nesta frágil terra?
Há vida, morte e corrupção!
E o que há no corpo mortal?
Há matéria, sangue e fôlego!
Andando nessas ruas da cidade
Vejo tanta gente largada e suja
Perde-se nos caminhos da vida
Seguindo sem nenhum destino
E não tem esperança para viver
Um dia melhor para serem úteis
Pois o que há nos pensamentos?
Há sonhos, desilusões e paixões.
Porém o que há na sexualidade?
Há desejo, vontade e satisfação.
E o que há na grande metrópole?
Há uma massa populosa de gente
É preciso coragem para entender
Que se não há um entendimento...
Para se curar de feridas que ferem
Nunca haverá cura no ser humano
Seja essa problemática de natureza
Psicológica, social ou até espiritual.
TEXTO DO LIVRO:
FRÁGIL REVOLUÇÃO POÉTICA
2001.