Incongruente/ Demo e eu/ Ahh, Carlos!!
Quero um poema
que dança no meio da rua,
sem número de casa pra você achar
Quero as letras espalhadas,
As mãos espalmadas,
De olho no olhar
Quero peso sem medida
E medida sem tempo
Todo certo pelo canto
E é por isso que eu canto
Que eu amo o incongruente!
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Demo e eu
Meu demônio favorito
Não passou no vestibular
Respondeu tudo errado,
Mas tem o texto certo
Pra me arrepiar!
Mas ele é tão burro
E veio do inferno!
Mas o nosso arrepio se entende,
E até o frio compreende
Que esse demônio
não precisa de terno!
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Ahh, Carlos !!
Carlos, essa sua conversa está muito quadrada
Até caí da escada
Que íamos subir de mãos dadas,
com idéias mirabolantes!
Mas a consoante ficou perdida,
Minha alma inibida
Diante
de tanta moral sem tonalizante!