Incongruente/ Demo e eu/ Ahh, Carlos!!

Quero um poema

que dança no meio da rua,

sem número de casa pra você achar

Quero as letras espalhadas,

As mãos espalmadas,

De olho no olhar

Quero peso sem medida

E medida sem tempo

Todo certo pelo canto

E é por isso que eu canto

Que eu amo o incongruente!

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Demo e eu

Meu demônio favorito

Não passou no vestibular

Respondeu tudo errado,

Mas tem o texto certo

Pra me arrepiar!

Mas ele é tão burro

E veio do inferno!

Mas o nosso arrepio se entende,

E até o frio compreende

Que esse demônio

não precisa de terno!

...................

Ahh, Carlos !!

Carlos, essa sua conversa está muito quadrada

Até caí da escada

Que íamos subir de mãos dadas,

com idéias mirabolantes!

Mas a consoante ficou perdida,

Minha alma inibida

Diante

de tanta moral sem tonalizante!

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 19/05/2022
Reeditado em 19/05/2022
Código do texto: T7519687
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