DESASSOSSEGO
DESASSOSSEGO
O desassossego me invade
Não aquele de Pessoa
Mas o de gente que destoa
Cada vez mais na rua da cidade
Gente ou indigente
Só não vê quem mente
E cego passa sem olhar
Sem parar
Olvida aos ouvidos
O pedir sofrido
Nega o estender a mão
A alguém que também tem coração
Segue na calçada
Como se o que vê fosse nada
É preciso plantar a muda
Que cresça em solo árido qual arruda
E da planta mudança
Fazer crescer a semente da esperança
Para dias melhores
Deixando para trás os piores
E sejamos priores
De afastar de nossos derredores
Tantos desditosos
Sendo mais humanos bondosos