Reflexões
Preferiria não falar mais nada, diante desse quadro,
mesmo sabendo das suas angústias e reticências,
mesmo sabendo das suas tristezas e desamparos!
Preferiria manter-me distante desses dissabores.
Tudo se repete a cada insistência minha, nas minhas reflexões.
Suas atribulações me exasperam, caos é o que resta.
Seu olhar tem alguma coisa que duvido, anseios que perturbam!
Um olhar ávido, que não suporto, nesses questionamentos.
Quando velo seu sono, sinto que há paz nesses sonhos infantis!
Há esperança na magia desse corpo fatigado, nesse sorriso terno.
Quando o vejo a perseguir a idade e você cresce, cresce meus receios.
Preocupo-me com seus descobrimentos, suas incertezas.
Quando vejo nos seus gestos aflitos, um quê de inquisição,
reflito sobre os valores desses dias, sem sonhos e ternuras.
Queria poder brincar as brincadeiras de outrora,
desfazer guerras, acalentados por suas esperanças!
Queria poder compor meus versos nessas tardes fagueiras,
entre brinquedos, jogos, tornar-me solidário, despreocupado.
Construir pontes para um futuro (seu!) imaginário, edificado!
Queria alicerçar seu crescimento nessa vida, sem medos!