Insônia

Num arremedo do antigo é que sigo,

nessa estrada árida com pedras afiadas,

descalço.

Tentando, mas sem conseguir, não lembrar

daquele meu tão saudoso passado

irretornável.

Cada passo rego o chão com meu sangue

e livro o ambiente do silêncio com meus ruídos.

Sozinho...

Companheiro meu não seja o pior dos espinhos:

aquele que me fere por ferir antes os outros,

mentindo.

Destarte, seguirei este caminho (mal) escolhido

sem me queixar de qualquer abandono.

Apenas guardando sempre a pergunta:

quanto custa um sono?

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 28/04/2022
Código do texto: T7505197
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