Insônia
Num arremedo do antigo é que sigo,
nessa estrada árida com pedras afiadas,
descalço.
Tentando, mas sem conseguir, não lembrar
daquele meu tão saudoso passado
irretornável.
Cada passo rego o chão com meu sangue
e livro o ambiente do silêncio com meus ruídos.
Sozinho...
Companheiro meu não seja o pior dos espinhos:
aquele que me fere por ferir antes os outros,
mentindo.
Destarte, seguirei este caminho (mal) escolhido
sem me queixar de qualquer abandono.
Apenas guardando sempre a pergunta:
quanto custa um sono?