A fé dos dragões

É sina do ser humano ser Sísifo

Nos altares dos mitos,

Sozinho, amamentando os dragões

Que engordam com dinheiro alheio.

Dízimos, promessas, velas, preces, candidatos...

Mercantilização da fé?

Vai ver que os dragões sempre viram a fé como mercadoria…

Mas ainda tinham dúvidas se a divina é profana ou santa.

Nem uma, nem outra…

Profano é o dragão que amedronta o povo com um conto,

Se alimentando de cobre, prata e ouro dos que se deixam guiar, cegos.

Enquanto vestido, nada eu via…

Mas quando me desnudei com a nudez de Platão

Refleti sobre a justiça de Xangô,

Meus olhos choraram… pelos indígenas mortos,

Pela escravidão, pelos batismos forçados,

E pela imposição de um mito mercadoria “goela abaixo”.

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 27/04/2022
Reeditado em 22/11/2024
Código do texto: T7504000
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