Palavra, voz muda!

A palavra que na voz fica muda

O papel expõe, revela, desnuda

Porque o movimento da mente

Nele desliza de forma estridente

Será que é tão fácil calar

O som de cada letra escrita?

Engana - se, é difícil ocultar

A voz que o coração grita.

Mas ao esvaziar - me de mim

Nessa quantidade de letras sem fim

Releio o que ao certo vivi

Desde o momento que a ti eu vi.

Um novo rumo tomou meu caminho

Ladeado de flores, coberto de espinho

Mas não pense que meus pés eu calço

Quando desato-me de ti o laço.

Não te levo de certo ao meu lado

Por uma estrada que fere meus pés

Preciso aprender que ninguém é culpado

De minha mazela ou de meu revés.

Tudo é bênção, tudo é lição

Que aprendemos no dia a dia

Tenhamos então gratidão

Por não sermos Vida vazia.

Ana Rodrígues
Enviado por Ana Rodrígues em 25/04/2022
Código do texto: T7502627
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