Quem poderá?
Quem poderá negar os passos dessa estrada? Quem?
Quem poderá sentir esse amor que perturba, inebria,
que resplandece no olhar de uma mulher desejada?
Quem, pelos caminhamos, encontrará alegria,
receberá o aconchego de um abraço, de um regaço?
Onde estará a razão dessa inconstância chamada amor?!
Quem guiará meus passos nessa busca incessante,
nessa narrativa de infortúnios ao longo da vida,
entre amores e desamores, entre buscas e incertezas, quem?
Quem ecoará palavras meigas, transparentes no ardor dessa paixão?
Por fim, alguém encontrou, nesses passos, o caminho dessa estrada
tortuosa estrada de amantes, nesse abandono desordenado?
Quem, quem poderá apagar esses incêndios imprudentes,
na luminosa manhã agonizantes entre lençóis brancos,
bocas úmidas projetando beijos, nessas perseguições amorosas?