Ao vento...
Meu poema tem gosto de fel....
Nele tudo amarga...
E arrasta um ranço no verso
A letra mata
Envenena,
E Dissolve-se em lágrimas...
O que vem de dentro
É tão doído...
Só a alma sente
Meu poema que já foi teu.
Hoje não tem mais dono,
Agora é do mundo...
Dos que sonharam em vão
Assim como eu,
Esquecida, no vazio, na solidão.
Assim, viraram rabiscos pelos muros
Registrando a dor, e a saudade...
De quem ficou triste e sem um adeus!
E quem ler ao passar
Sente o dilema...
De um amor jogado ao vento!