MEUS SERTÕES

Na quietude da varanda

o mormaço é infernal.

Mas o reboliço por dentro

é mais intenso

e às vezes glacial.

Assovia o vento

agitando a algaroba

e o pé de araçá,

passa uma borboleta amarela

a voar em saltos quânticos

enquanto vivo o meu sertão.

Em tempos de ressignificados,

busco nos ancestrais

uma nova pose de mim.