Sou tudo que você precisa ser.
Eu sou a água do mar, o vento do ar, a respiração do tempo, oxigênio do hidrogenio do sol, sou os vossos desejos, seus sonhos utopicizados.
Eu estou em tudo, em todos lugares, entretanto, não estou dentro de mim, todavia, estou grudado em ti, sou a cor do infinito, o começo do fim, o presente do futuro de um tempo passado.
Então me compreenda, porque sou o vosso início, a sua vontade de amar, você precisa me entender porque sou o seu mundo, seus beijos inefáveis, a vossa doçura.
Com efeito, sou a luz do sol, o brilho das estrelas, sua vontade viver, compreenda sou a vossa vida, uma pena você não pensa em tudo que sou.
Estou dentro de ti, sou a vossa respiração a saturação do seu sangue, as batidas do seu coração, a luz dos seus olhos, você o encantamento dos meus lábios.
Porém, sou o começo do fim, o início do mundo, o princípio da vossa cognição, o fundamento da vida de tudo que você sonha ser.
Grude em mim, procure ser o que sou, tente pensar a respeito do fundamento da vossa existência, seja o meu mundo, serei a vossa complacência.
Sou o princípio da incausalidade, o fundamento da anti causa, a origem da não matéria, sou o nada, motivo pelo qual serei a ressurreição do cosmo, portanto, sou tudo.
Sou a eternidade de um início sem fim, de um meio sem princípio, entretanto, sou o fim de um começo que não teve origem.
Razão pela qual sou o vosso medo, todavia, as ideologias das vossas recordações, as suas imaginações, a dialética de uma nova tese, a antítese do recomeço.
Portanto, sou o anti medo, o ideário do seu sacrifício, a sua vontade de amar.
Sou o começo, o princípio do nada formulado na negação da ausência da origem, sou o vosso desejo, a luz do seu barco, a onda do mar, sou o novo começo, tão velho como o reinício, sou o fundamento do abismo, a substância do fim, a vossa fantasia.
Então sou tudo ao mesmo tempo o nada, a vossa interrogação, a luz que apaga a exaustão do hidrogênio, entretanto, uma estrela que brilha.
Tudo que peço que você esteja em mim, porque o sou grito da liberdade, vou lhe mostrar a água transformando em fogo, a mimética da terra sendo o efeito do ar.
Você precisa saber que estou em ti, apenas não estou dentro de mim, é bom que saiba que sou você, o som sonoro da vossa canção.
Estou em você, porém, você não está em mim, sou a letra maiúscula do seu nome, o seu alfabeto, a vossa linguagem, o vosso sorriso, a força do seu encanto, sou a luz do seu mundo, seus olhos fundamentam o meu amanhecer.
Sou a solução da cegueira, o brilho do seu olhar, sou o início, o fim de um meio que não teve começo.
Deste modo, sou o fim de um começo que não teve início, entretanto, peço a ti esteja em mim, porque estou em você, sendo a causa da anti matéria, como fundamento do começo de tudo, de um fim que não teve princípio.
Edjar Dias de Vasconcelos.