Perplexidade
Perplexidade advindo desses dias escuros,
entre torres destruídas, violências instaladas,
mentes deturpadas, cabeças confusas em profusão,
nesse milênio de incertezas, de insegurança, encenando martírios.
Quando existirá tempos de romantismos?
Guerras existem permanentemente. Fascinando os homens!
Quantas lutas travadas entre escombros e lágrimas
desses homens sucumbindo entre pólvoras e sangues, extenuados?
Agora a perplexidade desse mundo eletrônico!
De bombas teleguiadas, por cabeças torpes, numa ideologia atroz!
Lutas religiosas entre a fome e a indiferença.
Batalhas travadas em vinganças premeditadas.
Mundo desigual de riqueza e ostentação, de miséria e fome.
Mundo de poderes obsoletos, desigual, derramando desesperanças.
Arquitetada na indiferença da infância nua, crua dessa vida, esse mundo.
Mundo da globalização, das incertezas, das angústias...
Resta a perplexidade dessa gente deambulando,
suspirando aterrorizadas entre sombras, desfiguradas.
De mulheres tristes vagueando nessa paisagem, golpeadas.
Resta a perplexidade desolação, desse abismo sem palavras.