A SAUDADE
A saudade é mais das vezes uma dor que dói ao extremo.
Às vezes serena um pouco, mas doutras vezes vem forte como tempestades...
Instigantes, e intermitentes e aguçam os sentimentos esparze com comoção!
Vai cinzelando, os prantos, incontidos, doídos, e sofridos..., carpidos na alma.
E, ao abrir, as asas, das recordações, fazem esvoejar, os fragmentos da vida...
E são como as gaivotas que adejam e voam..., e fazem relembrar, rir e chorar,
Porquanto, saudade é o sal das lágrimas,saudade é presença do ser ausente.
Nesses, oceanos ínsitos, por onde navega o que foi passado foram memórias...
Sonhos, vidas que vividas a dois e que de repente temos de sonhar sozinhos,
Luzes...,que se apagam, sem dar avisos, nos deixando a sós, com a solidão!
E, são grilhões..., e são os nós, que, não desatam, e que, nos mantém reféns...
Fazem sangrar no âmago, as dores, e não permitem, o fechar das cicatrizes!
Machucam..., desalentam o ser, deixando-os em frangalhos, mortificando-os.
Originam os mais atrozes sofrimentos, e causam as angústias, e os temores...
Contudo, às vezes, são as mais amáveis reminiscências guardadas no peito,
E, recordá-las..., faz reviver..., e renascer..., alguns instantes, de felicidade.
Albérico Silva