[...irrefutável “VERDADE”!!!] (Dueto)
VIDA e TEMPO...
Haverá um Tempo sem tempo?
Uma Vida sem Tempo
É Vida?
Se sai do ventre
Num tempo marcado ou não
Se chora, e a Vida pro nosso Tempo sorri
Vida
E Tempo
Pulsam em mim...
[Vida
Tempo
Pensamentos
Tempo real!
Realmente... existe?
Tempo verdadeiro
E a verdade, não sê-la-ia, às vezes...mentirosa?
Ou somos nós que nos enganamos
Criando a nossa “verdade”?
A verdade (na maior parte das vezes... tão dura... e tão feia!)
A mentira (tão doce e cheia de promessas, mas sempre ilusória)
A verdade... e... a mentira, ambas a morar... no tempo e quiçá em nós...
[A Vida, o Tempo e nós...
Quem aproveita melhor... o tempo?
Quem (com muito custo) aceita a verdade
... ou quem (em espírito e verdade) ama a mentira?
Ou se agarra ao que pensa verdade ser?
Quem em sã consciência
Poderá dizer...
Que é mentira
E não uma verdade?
Quem?
Quem s’entrega à verdade ou quem vive na mentira?
Quem perde, pois, o seu tempo?
Quem pode garantir?
É tanta subjetividade...
Verdade ou mentira?
Quem pode dizer?
[O tempo?
Será?
Será, ele, o Tempo
A desvendar o que é mentira ou verdade?
O tempo?
Sim o tempo de cada ser...
O meu, o seu o tempo do mundo...
O tempo da Vida
E o tempo que dá a vida
O tempo individual de cada um...
Não o tempo cronológico
O tempo de Ser...
Temos nomes...
Que nos deram... nossos pais
Seriam nossos nomes “verdadeiros”?
Como antes chamávamos antes de vir ao mundo?
Estes, decerto, seriam nossos reais nomes
Todavia, esquecemos... nossos nomes
O que éramos
Antes do útero?
Esquecemos?
Por que?
O que haverá depois do muro da vida (o qual chamamos de morte)?
Queremos e ao mesmo tempo não queremos sair [d’aqui]
E por quê?
Por que temos medo de que depois nada, pois, haverá
Ou acreditamos que perderemos [d’aqui] tudo o que temos e o que somos
Ah! E o que temos e o que somos... aqui?
Nada... ou tudo?
[TUDO!
Temos tudo...
Mas, queremos, realmente, “ver”?
Ou a nossa “cegueira” é seletiva e por conveniência?
Oh! Como temos medo do vazio...!
Termos receio do pseudonada?
O nada existe?
Em que se alicerça
A nossa concepção
De “nada”?
Se fechamos os olhos...
Vemos o nada?
Se TUDO continua
Em torno de nós
Onde está o “nosso nada”?
[Em nosso pensamento?
Em que se ancora
O nosso medo?
Temos medo de dormir e jamais acordar...
Quem colocou este pavor em nossas almas
... que não sejam, certamente, as religiões e as igrejas?!
Contudo, haverá uma derradeira noite...
... que não conhecerá a alvorada d’outro dia
[Não creio que assim seja!
Não é assim que sinto...
Não é porque não vejo
Que algo não existe...
A Vida e o tempo
Não são enganosos
Nem são meras fantasias...
O meu desconhecer
Não me dá o direito
De simplesmente negar
Não, não sou um outro “Tomé”
Nem tudo que não vejo
Preciso “ver pra crer”...
Se outros olhos já viram
E se os meus olhos não enxergam
Deixo por conta da Vida do e Tempo o tirar das vendas...
[Tudo tem seu tempo...
Cada ser
No seu tempo
Um dia enxergará...
[A “Verdade”...
E quando chegar noss’hora eis que será [também] o momento
... da partida (ou, quem sabe, da chegada ao nosso melhor destino)
E diante da irrefutável “VERDADE”
Possa a alma se alegrar quando chegar, então, a su’hora...
Que a Vida
e o Tempo me guiem
na minh’hora, da irrefutável “VERDADE”!
Juli Lima e Cássio Palhares
Abri a porta · A Cor do Som (ouça)
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