Palavras frágeis
Palavras efêmeras ditas nessa calma,
explodindo no calor dessa boca, lentamente.
Com fragor, desatando meus sentidos plenos,
realçando magicamente meus desejos.
Abrasante tarde transformando-se em noite.
Insônia, frêmito, desejos, acalentando candura,
de nossas bocas nervosas nessa explosão,
dos nossos corpos, nesse suor atônito, resplandece magia.
Incandescente noite de jogos mágicos, entre lençóis,
nessa casa nebulosa de perfumes tênues,
fugazes momentos retratando o tempo de entrega,
torturando os tremores das nossas peles...
Finda os suspiros no alvor da madrugada,
arrepios vindos nessa brisa úmida, reluzente,
arfando, pela janela desse quarto palpitante!
Espantosa perplexidade dessa cópula plena.
Fragilidade, divagações, sonhos faiscantes,
confundem-se, sem mágoa, nesses versos torpes.
Palavras a esmo nessa entrega de corpos exaustos,
confortando minha solidão nessa cilada de boca, seios e caos...