Linha do tempo
Não me explico o porquê a velhice incomoda.
Não sei se é a aparência…
Não sei se porquê sei.
Não sei se porquê amei tão pouco, não sei, não sei.
Não sei se a velhice chega pelo interior ,pelo meu interior, ou dos olhos alheios.
Não sei, não sei se porquê amei pouco…
Parece que não tenho o mesmo tempo.
Não sei se porquê sinto que o fim é a qualquer hora, não sei, não sei.
Não sei porquê dói.
Quando lembro da juventude!
Ela era tão bela, ela era tão tola.
A beleza da juventude, está no brilho do olhar, olhar que olha sempre para frente, não existe atrás…
O corpo mostra a força da vida, a força lá na frente, não existe lá atrás.
...Hoje olho no espelho vejo traços novos, traços no meu rosto.
Meu sorriso, mudou muito desde então…
Agora ele é seguro, não aparece a toa, aparece não.
Meus olhos, meus olhos já não olham tanto para o futuro.
Um receio meio feio, vem e me intimida.
Mas estufo o peito, finjo que não tenho medo, e quando um pensamento vem se intrometer … respiro fundo e penso em viver.
Mas confesso receios, muitos receios dessa época, dessa parte que se mostra metade…
Desde que meu corpo me mostrou, que eu não era mais capaz de dar a vida…
A velhice me assusta.