Nulidade
Arquitetei teu fim entre rancores e abismos,
entre espectros nessa derradeira claridade,
sem querer-te, percorrendo meu caminho.
Foste capaz de engendrar angústias, onde havia esperança.
Foste infatigável no propósito de aniquilar teus amigos,
sempre órfão de afeições nesses descompassos.
Foste pior, quando violentaste teus pensamentos,
cerceando teus amigos dessa liberdade.
Procuraste teu aniquilamento, intencionalmente.
Fugiste dos teus amigos mais próximos, propositadamente.
Exteriorizaste tua mentira sórdida insistentemente.
Sem arrependimento, seguiste teu caminho.
Hoje resta o abismo árido em teu arrependimento.
Desolação é o que ficou diante dessa muralha intransponível.
Precisamente tu, que tantos caminhos nos mostrastes,
Agora te tornaste uma nulidade, violentando teus amigos.
Não há mais nada para dizer.
Tudo ficou inexprimível, forçosamente dilacerado,
nesse teu convívio, nessa tua obscuridade,
restou somente o teu fim próximo, dilacerado,
teus amigos ressentidos nessa vaga e obscura tristeza.
Já não temos mais os anos de torturas,
ainda que violências nos espreitem em cada esquina!
Já se foram os silêncios implantados pela força.
Ficaram as chagas que construíste, nessas intolerâncias.