CORTINA
O corpo em nascente
Transpondo a magia da vida.
Em sorrisos trazendo essência
Fumegando a áurea em gemidos.
O vento sopra a magia
Dando sentido aos anseios.
A trama envolvendo a nascente
Poço ecoando com sabedoria
Num testemunho de liberdade.
Olhos minam com abundância
Refrescando a alma envolvida
Num espiral de malícias.
A alma cantando nos poros
Num pomar de essência deixamos nus os pensares
Perplexa diante o cheiro e na pele o encanto da voz.
Não deixo palavras aos ventos
Só oferto no jardim onde mora a felicidade.
Rios de inquietudes irrigam o subconsciente e lava o leito
Deixando pegadas no quarto.
Eu só posso ofertar
Um pouco de minha essência
Não deixo meu jardim sem mirra
Para ofertar aos ventos.
O vento descortina a alma
Deixando pegadas à beira do poço.