Cardos e Abrolhos
Vai sopra sobre o cardo, vai e diga a ele que o mato não morre, se não for de fileira ele não corre...abrolhos como sobremesa, água destilada, sonhos apressados que morrem na entrada.
O jagunço corta a grama, o meieuro da rumo, a prosa que é contada nunca vem no prumo...O gata na esquina vê o seu tutor, uma criança sem pai é como um grande tumor.
O jardim que não é regado já chegou no seu fim...a árvore que não é podada é comida pelo cupim...O sol da meia noite não esquenta, a bacia de água parada fica catinguenta.
O medo é uma arma poderosa contra nós mesmo, o João de barro que não constrói vira um plasmodesmo...O animal doméstico só precisa ser adestrado, a esposa maltrapilha é espelho do homem sempre ocupado.