[O Tempo não aceita “suborno”] (Dueto)


O Tempo?
O tempo! Sim, o Tempo!

O que fazes no tempo ó alma?
Já se perguntou?
Sim, acaso sabes par’onde está indo?

Não falo do tempo cronológico
Ouso ir além, ao Tempo
Existencial...

O tempo...
Uma estrada incorpórea e mística
E quão sinuoso ele – tempo - é!

Como uma estrada que se serpenteia a dar medo à vista...
Por nos ser ainda um “mistério”...
E, a mente a ter medo
do qu'ela encontrará...

A se crer que achará uma serpente (à sua frente),
Àquela, de tempo longínquo,
fugida do paraíso...

Ou será qu'envenenada está mesmo é a imaginação?
Ancorada em criações projetadas e infelizes
A martirizar e paralisar...

E por que nel'acredita eis que estaciona antes da curva...
E não mais prossegue...
Covarde!...

Seria mesmo “covardia”?
Ou uma forma instintiva
De autoproteção?

Como se lidar como o tempo?
Se o vemos como algoz
Triste de nós!

E por que se colocar no Tempo
As nossas inquietudes
E mazelas?

Por que apontar o Tempo
Como cúmplice
De escolhas?

De que dimensão
Do inconsciente
Vem o nosso “Medo”
Do Tempo?

E, o que nos impede
De não o ver
Como adversário
Ou carrasco existencial?

[O tempo (de viver)
(Muitas vezes, não validado)

Por que se ignora que
O Tempo Existencial
Só existe porque
“existimos”?

Somos o nosso Tempo...
Somos o Tempo Nosso
Em qualquer dimensão
Que estejamos...

Porque o tempo é quântico
Interliga Tudo...

Quando aportados em vestes carnais
Qual uma lousa a s'escrever com giz tod'uma história...
Num tempo-espaço, que pode ser ,
Pelos ponteiros d’um relógio
Até “registrado”
As percepções
Se limitam...
E se acredita num fim...
Que a existência,
se apagará com as “esponjas do tempo”...
Ledo engano...
O tempo nada apaga...
Tudo se armazena...

Tudo passa... tudo vai... tudo míngua... tudo seca?
Claro, que não! É a “visão estreita”
Que passa essa informação...
Tudo se transforma...
Se expande...

Ainda que inseridos estejamos...
no cenário da vida
[O Tempo não aceita “suborno”

Nossas lágrimas...
São inúteis
Diante dele...

Sejamos conscientes...
Vivamos em plenitude...
Validemos o Nosso TEMPO!

[O Tempo não aceita “suborno”!





Juli Lima e Cássio Palhares

















Melim - Peça Felicidade (Ouça)















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