A fortaleza
Uma fortaleza de espinhos
Se faz em mim
(Sinto-me assim)
Proteção em termos de razão,
Não sei o porquê…
Nas dores da ilusão
Começo a me revestir
De uma forma estranha
(Difícil pensar)
Como uma teia
Cobrindo corpo e coração
A tristeza escondida por não decidir
O que será melhor pra mim,
Me faz chorar…
A alegria
(Euforia passageira)
Me deixa confuso
Perdido nas ideias erradas do destino
Você, que me carrega,
Às vezes me arrastando
Às vezes me consolando
Me entregue de volta à lucidez,
Se é que algum dia já tive…
A ambiguidade se faz nessa fortaleza, que me cobre, mas que não me protege,
Bela fortaleza, bela (Proteção e entrega): Indecisão!
Claucio Ciarlini (1998)