Esse tempo atemporal
Sei que a alegria vem com a tristeza
Numa fatal faca afiada de dois gumes
Em uma incerteza que não tem final
Pois tudo se transforma celeremente
Numa dor inevitável do ser humano
Numa frágil vida, numa forte morte.
Ela sempre fica a espreitar fitando...
Em sua mais fria dose de melancolia
Vivo um dia de cada vez sem pressa
Procuro suportar essa tal realidade
Luto contra essa louca ânsia frebril
Blasfemando angústia no meu ser...
Quem pode sentir essa dor do poeta?
A não ser o próprio ser que é poético
Em tais divagações de pensamentos...
E de sentimentos, emoções e sentidos.
TEXTO DO LIVRO: INQUIETUDE, INTROSPECÇÃO E RESILIÊNCIA POÉTICA. 2021.