O VELHO E O OUTONO
As folhas caem das sacadas;
Tingem o asfalto de Outono,
Embalam a visão, e o sono
Vem às pálpebras cansadas.
Ouvi, ao longe, um som em revoada:
Era os adeus das tardes frias,
Ecoando distante, em tão vazias
Cascas, deslizando na estrada.
Eu, sem nome, apenas folheava
A memória: onde e por quem
Estive tão perdido; e, além
De tudo, já nem lembrava:
Quando vi crescer tão alvas gramas...