DESESPERANÇA
...E sigo mergulhada em desalento
Sussurro monossílabos ao vento
A ditosa morte, por quem clamo...
Ouço sua voz sinistra, me confirmando
Que não tardará esse meu brado
De lá foi escutado e anotado
Que aquele dia já está selado...
Decerto alguém virá me interpelar :
Por que tão cedo querer voar
Nas asas da maldita consorte?
Muda teu rumo, vai para o norte
Que lá encontrarás a tua sorte!
Ao que respondo:
Ah, amigo, aqui já nada me apraz
Não sou mais aquela tola, incapaz
Que em tudo ainda crer.
... Não mais!