DESESPERANÇA

...E sigo mergulhada em desalento

Sussurro monossílabos ao vento

A ditosa morte, por quem clamo...

Ouço sua voz sinistra, me confirmando

Que não tardará esse meu brado

De lá foi escutado e anotado

Que aquele dia já está selado...

Decerto alguém virá me interpelar :

Por que tão cedo querer voar

Nas asas da maldita consorte?

Muda teu rumo, vai para o norte

Que lá encontrarás a tua sorte!

Ao que respondo:

Ah, amigo, aqui já nada me apraz

Não sou mais aquela tola, incapaz

Que em tudo ainda crer.

... Não mais!

Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 23/02/2022
Reeditado em 23/02/2022
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