Vivemos tudo
até o último momento.
Até o último sino tocar.
Ecoando seu metal ao infinito.

Sigo peregrino em minha vasta alma.
Ouço, vejo, sinto e percebo semânticas
a todo instante.
Há uma fome de sentido.
Precisamos o tempo todo entender o motivo.
Perdoar a exceção.
E, acatar a regra como se fosse um mantra.

Vivemos intensamente.
A lágrima, o sal e angústia de existir
Condenado a ser livre,
a fazer escolhas e, temperar perdas 
com ganhos.
Num capitalismo afetivo estranho e
extraordinário.

Temos gostos peculiares
Sentimentos próprios
Repleto pelos oceanos de dúvidas
e ondas de paradoxos.

Entre frestas e incertezas

escapa o infinito...

a possível morte,

o possível fim,

a palavra dita pela metade,

o olhar corrompido e,

a mão que afaga

é a mesma que asfixia.

 

 

 


 

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 07/02/2022
Código do texto: T7446935
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