Quem me Dera!
Quem me dera!
Escrever somente nas horas alegres,
Onde meu ser repousa em mim,
Com tranquilidade,
Totalmente indefesa...
Sou criatura que chora sim,
Emociona-se,
Vê-se no reflexo de um coração
Contrito e tristonho,
Muitas vezes...
Embalsamo minhas emoções.
Quando tento lhes desenrolar,
Escrevo porque existo,
Porque tem amor em mim,
Inspiro palavras, respiro ternura...
Sinto-me mais solta e feliz
No decorrer da condução de um texto,
Seja poético ou não.
Mas percebo além,
Vejo que em tudo o que escrevo
Tem poesia,
Tanto faz se for em prosa também...
Por que?
O tempo me ensina e diz:
Como me desligar
Da essência da própria alma
Que reluta com a mediocridade,
Esforça-se para ser intensa,
Verdadeiramente feliz?
Escrevo sim...
Existo,
Não vegeto...
Com e por amor,
Tão somente!