Não tenho medo de viver a vida sem Deus.
Não tenho problema em viver a vida, imaginando que a mesma não tem sentido.
Buscar Deus para justificar a existência, covardia ontológica, não acreditar em Deus porque não sou delírico, acreditar em algo inventado ideologicamente.
A não existência de Deus para mim, algo absolutamente normal, a não finalidade da existência me faz bem.
A diferença entre a minha pessoa e a vossa é que sou autêntico, não sou mentiroso, não vivo a dissimulação, busco viver a realidade como de fato são as coisas.
Se alguém me afirmasse com toda certeza a existência de Deus, ficaria apavorado.
Se Deus existisse eu me mataria em protesto.
A existência de um paraíso seria para mim um terror, gosto do vazio, da ausência de sentido.
O nada para mim é magnífico, se existisse algum sentido para a vida, a existência seria uma verdadeira desgraça.
Não tenho problema existencial, quando uma pessoa precisa de Deus para viver, é a revelação que o indivíduo tem problemas psicológicos.
Não preciso de Deus, não precisar da existência de uma divindade, fundamental para a saúde mental.
Se precisasse de Deus, estaria caminhando para ser doente do ponto de vista cognitivo.
O ateísmo é a magnitude da existência, motivo pelo qual sou absolutamente livre, não sou livre apenas para desrespeitar as leis determinadas pela civilização ou a natureza.
Sinto encantado pelo ideia do vazio, saber que o nada é a efetivação da vida.
Se existisse Deus, eu seria infeliz, porque não teria sentido a própria vida.
Eu tenho medo da pessoa que tem fé, do mesmo modo, daquele que não tem fé.
Só não tenho medo do ateísmo epistemológico.
Edjar Dias de Vasconcelos.