Não tenho medo de viver a vida sem Deus.

Não tenho problema em viver a vida, imaginando que a mesma não tem sentido.

Buscar Deus para justificar a existência, covardia ontológica, não acreditar em Deus porque não sou delírico, acreditar em algo inventado ideologicamente.

A não existência de Deus para mim, algo absolutamente normal, a não finalidade da existência me faz bem.

A diferença entre a minha pessoa e a vossa é que sou autêntico, não sou mentiroso, não vivo a dissimulação, busco viver a realidade como de fato são as coisas.

Se alguém me afirmasse com toda certeza a existência de Deus, ficaria apavorado.

Se Deus existisse eu me mataria em protesto.

A existência de um paraíso seria para mim um terror, gosto do vazio, da ausência de sentido.

O nada para mim é magnífico, se existisse algum sentido para a vida, a existência seria uma verdadeira desgraça.

Não tenho problema existencial, quando uma pessoa precisa de Deus para viver, é a revelação que o indivíduo tem problemas psicológicos.

Não preciso de Deus, não precisar da existência de uma divindade, fundamental para a saúde mental.

Se precisasse de Deus, estaria caminhando para ser doente do ponto de vista cognitivo.

O ateísmo é a magnitude da existência, motivo pelo qual sou absolutamente livre, não sou livre apenas para desrespeitar as leis determinadas pela civilização ou a natureza.

Sinto encantado pelo ideia do vazio, saber que o nada é a efetivação da vida.

Se existisse Deus, eu seria infeliz, porque não teria sentido a própria vida.

Eu tenho medo da pessoa que tem fé, do mesmo modo, daquele que não tem fé.

Só não tenho medo do ateísmo epistemológico.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 03/02/2022
Reeditado em 05/02/2022
Código do texto: T7443987
Classificação de conteúdo: seguro