Ah, amigo!
Amigo, não entendemos sua partida.
Foi repentino, desproposital, sem alarde.
Não nos deu tempo para despedidas.
Ficamos saudosos desse desenlace prematuro.
Tão pouco tempo ainda de nossa convivência.
Tínhamos planos, ilusões, reflexões.
... e ainda faltava tanto para ser dito?!
Tantas madrugadas idealizei ao seu lado,
em conversas, ouvindo músicas, bebericando!
Amigo, seu nome rimava com gentil.
Sua vida rimava com ternura, amizade,
seu ar bonachão trazia confiança amiúde.
Confiança que perdurava ao seu convívio!
Ah, Calil!
Você nos deixou todos muito tristes.
Idealizávamos as encenações do seu teatro.
Sonhávamos com as viagens que nunca fizemos.
(sempre falávamos na varanda da sua casa!)
Agora, aqui distante, repentinamente,
você nos apronta tamanha angústia, deixando-nos esse vazio!
Nesse vazio tão predestinado a permanecer,
ficamos condenados a essa ausência permanente.
Confessadamente traídos nessa sua partida repentina!