A agonia do calor humano!

 

Quantos sonhos, se desfazendo!

Quantas lágrimas, rolando ao chão!

Quantos vivos acuados!

Quantos mortos mais, ainda cairão?

Quantos vãos mais, cerraremos!

Quantas frestas mais, se fecharão?

E quando secarem-se todas as lágrimas,

Quantos sonhos mais, se sonharão?

E quando poucos vivos, cá sobrarem,

Quantos muitos mortos, restarão?

E quando dores, só restarem!

Quantas portas mais, se abrirão.

 

Aqui um dia já tivemos carinho;

Fé, amor, amizade e compaixão!

Hoje o que mais se prega...

É frieza e maldição!

Com egoísmo e desamor, andando lado a lado

Mais distâncias e menos, comiseração!

O que sempre foi sinal de apreço e respeito;

Hoje, é sinônimo de peste, praga e execração!

 

 

SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 01/02/2022
Reeditado em 28/05/2024
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