Queria ser como o rio…
Uma tarde serena
Sons de natureza e vento no rosto
Associo corpo e alma ao rio...
Água límpida, fria, de movimento suave...
No seu leito, pequenos troncos de árvores
Desimportantes pedras e marias lavadeiras
Aparecendo e Sumindo na mesma rapidez
É vida borbulhando em meio ao silêncio da perfeição.
Lembro de uma brincadeira pueril
Cato pedras até encher uma das mãos
Arremesso-as ao rio...
Que as recebe impassível...
Pois eu queria ser como o rio…
Receber as pedras e por um instante apenas permitir a desordem
No meu espelho D´água, no meu espelho D´alma...
Para em seguida ser inteiro de novo!
Porque a maldade não está em mim...
Está em quem atira a primeira pedra...
E todas as outras também.