QUANDO ESCREVO
Quando escrevo, fico rondando em volta, na periferia dos meus textos.
E logo em seguida mergulho..., e me transporto para dentro das minhas narrativas...
Na bagagem as minhas aspirações os meus sentimentos, assim o monólogo se inicia!
Na mochila, os vários pedaços, do que foram meus sonhos, e do que foram fantasias...
Fico navegando entre as minhas narrativas, e às vezes sou meu próprio personagem.
Nesses exatíssimos momentos, a emoção acena, e a verve poética bate as continências!
Fico garimpando, catando palavras, e pego carona com as metáforas, e assim escrevo.
E quando escrevo, abro as varandas da alma, e debruço-me sobre cada verso da poesia.
Daí, eu não crer, ser fingidor o poeta, pois eles derramam sua emoção nos seus versos!
E mesmo, quando enfeita os seus pavões, o fazem com seus sentimentos à flor da pele!
O que escrevo, é de início uma subjetivíssima relação peculiar, e despe a mim mesmo!
E não é possível, eu distanciar-me, e ficar insensível, olhando os circos pegarem fogo...
Visto que, todo poeta queima-se nas labaredas das emoções que brotam do seu cerne!
Pois, tudo é concreto e abstrato, e quando o verbo abre suas asas poeta e poesia voam.
E quando voam..., o poeta, faz convites aos leitores, para fazerem juntos essas viagens.
Pois, a parceria singular são reflexos do que o poeta crer ser, e os leitores de fato sao!
Quando escrevo pego passaportes emprestados com a sensibilidade dispo minha alma,
Assim dou início a essas viagens de braços dados, com os leitores, sonhos e fantasias...
Fico frente a frente com minhas realidades, as inquietações, tiro os bondes dos trilhos!
Vou captando, os meus pensamentos, e as palavras veem..., galanteiam e se oferecem!
E por não ficar saciada, nesses delírios, a inspiração dá meia volta e fica me espiando.
Albérico Silva.