RECLUSA OUVINDO O SOM DA CHUVA
O som da chuva.
A alma reclusa no quarto...
O choro vindo com as lembranças do passado
De mais dor que amor.
Ela se entregou e se feriu.
Ninguém a ela fez mal,
Ela mesma se machucou ao se entregar sem pensar,
Somente movida pelo sentimento.
Hoje ela tem medo de amar,
Mas o amor não traz consigo o medo.
Ele é amigo daqueles que o querem tê-lo por perto,
Muito perto... Dentro de si.
Som da chuva...
Reflexão...
Ela enxuga o rosto,
Ela conversa com Deus,
Ela entende que ficar só se lamentando
Não chama a atenção de Deus.
E o problema dela é parar, deixar...
Deixar o passado e parar de insistir em buscá-lo
Para o seu presente.
Ela tem que ter juízo
Para que seja verdadeiro o seu sorriso.
Um sorriso que não dependa do tempo lá fora.
Agora é a hora!
Sempre é o momento de despertarmos!
E ela se despertou e rasgou o seu coração.
Reconheceu o seu erro
E Deus deu pra ela um novo coração,
E, principalmente, sabedoria
Para não se entregar para mostrar que ama
E ser somente mais uma na vida passageira
De uma alma enganadora
Que a quer somente para levá-la para cama.
Ela entendeu o que é o amor,
E sua vida não está mais presa
Naquele triste passado.
Passou.
A chuva até continua lá fora,
Mas tudo mudou no interior daquela alma.
Um novo dia chegou para ela!...
Um novo tempo... Glórias a Deus!
( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima )