Insano Plantio

Insano Plantio

O que tu fizeste ao meu peito

Que ainda outro dia andava quieto

E tu conseguiste deixar de um jeito

Qual furacão louco e sem afeto?

Que semente é essa que tu plantaste

Nesse coração outrora aberto

Lançou-a à esmo, nem adubaste

Brotou um amor, torto, incerto

Agora, sujeito a inquietude

Aflito, a mercê das incertezas

Relacionando com a ansiedade

Companheiro, amigo das tristezas

Meu peito, que um dia viveu em paz

Hoje já sem sossego e sem ternura

Não entende a razão do que o faz

Perecer de aflição e amargura

Porque esse amor que tu trouxeste

Broto torto em meu peito nascido,

Foi cruel e de dor tu me envolveste

Fazendo viver um amor sofrido

Queria arrancar tal raiz insana

Mas logo declino o pensamento

Porque essa dor é essência profana

De amor eterno em eterno momento

Divino de Paula

Divino de Paula
Enviado por Divino de Paula em 11/01/2022
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