O outro sempre será a charada.
O enigma perpetuado em corpo e alma.
Esculpido no espírito a espreitar o tempo.
No templo das vaidades,
rezamos pela aparência.
Todos querem ser jovens e belos.
Outros, prosaicos e sábios.
Mas, nas profundezas dos egos
emergem muitos sentidos.
Equações. Inequações.
Igualdade e diferença permeiam os paradoxos.
Somos todos diferentes.
É no todo que fazemos sentido.
Nossas divergências.
Nossas discrepâncias.
O olho cego que tudo vê.
E, o vidente que consulta o oráculo.
Pois teme o futuro e, a linha do infinito.
O outro sempre será a incógnita.
Quem será o outro?
Projeto-me sobre o outro?
O que é realidade ou é mera interpretação?
O que é veraz ou ilusão?
O espelho trai seu reflexo.
A luz que atravessa o arco-íris.
Parecia ter uma só cor.
Mas, abrange sete outros espectros.
O que estou vendo,
mas não estou enxergando?
O que meus olhos se negam a ver.
Porque fere meu coração.
E, mata minha esperança.
O outro é sempre enigma, charada ou paradoxo.
Ou então é, estigma, parada ou é ortodoxo...
Fim, meio ou começo.
Tudo é um ciclo.
O que precisamos é de aprendizagem.