O desprezo dos sonhos.
Eu imagino se você fosse importante, se tivesse em seu corpo uma alma radiante, se a vossa cognição tivesse desenvolvimento.
Se o seu olhar engrandecesse o universo, o vosso sorriso contemplasse a felicidade, então lamentaria a vossa distância.
É como uma estrela apagada, na imensidão do escuro, entretanto, pensa que tem o hidrogenio do sol, trás dentro de ti, a ilusão da sua grandeza.
Nada além do céu no infinito, sem o brilho da vossa luz, a claridade de um novo dia levando você desaparecer no azul do cosmo.
Todavia, julga-se maior que o entendimento da vossa dor, acha que é o superior ao próprio encantamento.
Então reflita a vossa insignificância, um dia quando for basto de bactéria, sem entender a mimetização no solo, eu preferiria não ter nascido, desde modo, evitaria lhe ver voando como se fosse uma nuvem, sem destinação.
Quanto a mim, um pequeno trilho cheio de árvores, olhando a terra branca, os sinais de novas madrugadas.
Também não sou importante, sei que o futuro a negação do presente, entretanto, não recordarei do vosso passado.
A imagem saiu da memória, a cognição perfurou o cérebro, eu neste mundo distante,
quero saber tão somente, como foste tão pequena.
Então antes de partir grito bem longe, descubra o vosso tamanho, não queira ser a vossa insignificância, serei o vosso desprezo, amando as ondas do ar, no topo de uma montanha, como está sendo bom o passado não ter existência.
Edjar Dias de Vasconcelos.