O desprezo dos sonhos.

Eu imagino se você fosse importante, se tivesse em seu corpo uma alma radiante, se a vossa cognição tivesse desenvolvimento.

Se o seu olhar engrandecesse o universo, o vosso sorriso contemplasse a felicidade, então lamentaria a vossa distância.

É como uma estrela apagada, na imensidão do escuro, entretanto, pensa que tem o hidrogenio do sol, trás dentro de ti, a ilusão da sua grandeza.

Nada além do céu no infinito, sem o brilho da vossa luz, a claridade de um novo dia levando você desaparecer no azul do cosmo.

Todavia, julga-se maior que o entendimento da vossa dor, acha que é o superior ao próprio encantamento.

Então reflita a vossa insignificância, um dia quando for basto de bactéria, sem entender a mimetização no solo, eu preferiria não ter nascido, desde modo, evitaria lhe ver voando como se fosse uma nuvem, sem destinação.

Quanto a mim, um pequeno trilho cheio de árvores, olhando a terra branca, os sinais de novas madrugadas.

Também não sou importante, sei que o futuro a negação do presente, entretanto, não recordarei do vosso passado.

A imagem saiu da memória, a cognição perfurou o cérebro, eu neste mundo distante,

quero saber tão somente, como foste tão pequena.

Então antes de partir grito bem longe, descubra o vosso tamanho, não queira ser a vossa insignificância, serei o vosso desprezo, amando as ondas do ar, no topo de uma montanha, como está sendo bom o passado não ter existência.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 10/01/2022
Código do texto: T7426574
Classificação de conteúdo: seguro