Aprendi a dividir

Aprendi

A dividir o meu sol...

A sombra da minha árvore...

A palavra que me conforta...

O pão que me sacia a fome da carne e da alma,

A água do meu (R) ribeiro, onde refresco-me por dentro e por fora...

Não seria poeta se não soubesse dividir.

Aprendi

Que um coração poético não é mesquinho,

Não ignora o apelo de quem lhe estende a mão pedindo ajuda,

Não é conivente com a injustiça e nem faz conluio com a estupidez

Não cultiva a soberba do ego e nem alimenta a ganância do espírito.

Aprendi

Que o coração dum poeta é dadivoso...

Desconhece o ódio e a vingança.

Prefere sofrer a ser causa de sofrimento alheio...

Sabe o que é ser generoso e entende de solidariedade,

pois compreende que só a humildade dignifica e merece aplausos...

Aprendi, desde cedo, que a empatia é filha do amor e irmã da poesia.

Adriribeiro/@adri.poesias

Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 10/01/2022
Reeditado em 10/01/2022
Código do texto: T7426191
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