Aprendi a dividir
Aprendi
A dividir o meu sol...
A sombra da minha árvore...
A palavra que me conforta...
O pão que me sacia a fome da carne e da alma,
A água do meu (R) ribeiro, onde refresco-me por dentro e por fora...
Não seria poeta se não soubesse dividir.
Aprendi
Que um coração poético não é mesquinho,
Não ignora o apelo de quem lhe estende a mão pedindo ajuda,
Não é conivente com a injustiça e nem faz conluio com a estupidez
Não cultiva a soberba do ego e nem alimenta a ganância do espírito.
Aprendi
Que o coração dum poeta é dadivoso...
Desconhece o ódio e a vingança.
Prefere sofrer a ser causa de sofrimento alheio...
Sabe o que é ser generoso e entende de solidariedade,
pois compreende que só a humildade dignifica e merece aplausos...
Aprendi, desde cedo, que a empatia é filha do amor e irmã da poesia.
Adriribeiro/@adri.poesias