ESTRADA
Vejo folhas soltas no vento
e nenhuma angustia da próxima estação.
No peito tudo pulsa, tudo é norte e sal.
Vejo marcas do que passou a minha frente,
mas não sei se devo, o destino é tão desigual!
Vejo curvas no caminho e sinto o perigo como lianas
entrelaçando meus pés, nada é retidão!
O sol brilha na estrada do tempo e não tem retorno.
Nos olhos, a imagem do horizonte acena pra mim,
acendo a luz da intuição e sigo pleno, atento!
Pois do final, tudo quero e nada sei.