ESTRADA

Vejo folhas soltas no vento

e nenhuma angustia da próxima estação.

No peito tudo pulsa, tudo é norte e sal.

Vejo marcas do que passou a minha frente,

mas não sei se devo, o destino é tão desigual!

Vejo curvas no caminho e sinto o perigo como lianas

entrelaçando meus pés, nada é retidão!

O sol brilha na estrada do tempo e não tem retorno.

Nos olhos, a imagem do horizonte acena pra mim,

acendo a luz da intuição e sigo pleno, atento!

Pois do final, tudo quero e nada sei.

Henrique Rodrigues Inhuma PI
Enviado por Henrique Rodrigues Inhuma PI em 09/01/2022
Reeditado em 29/08/2022
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